“Muito difícil fazer previsão para 2016 no ambiente econômico que vivemos hoje. O País precisa de medidas macroeconômicas para controlar a inflação e as elevadas taxas de juros a fim de poder sustentar as vendas de caminhões nos próximos anos. Precisamos retomar o crescimento e despertar a confiança dos investidores para realizar novos negócios”, destaca Roberto Leoncini, vice-presidente de vendas, marketing e pós-vendas da Mercedes-Benz do Brasil.

Mas mesmo com esse cenário desolador (as vendas de caminhões deverão cair 50% em relação a 2014), a Mercedes-Benz preferiu não dormir no ponto (ou na boleia, já que estamos falando de caminhões) e investir pesado na linha 2016 – que tem novidades por todos os lados, com veículos de 1 a 500 toneladas de capacidade.

Mas quais veículos são esses? Bem, vamos por partes. Além da van Vito – que você confere o test-drive completo ao lado – o principal destaque é o extrapesado Actros, que teve vendas iniciadas neste mês. No mais novo integrante da família (2651 6x4), destaque para a introdução do motor OM 460 LA de 510 cv e 13 litros – o mais potente produzido pela Mercedes-Benz do Brasil. Os já conhecidos Actros 2646 6x4 e Actros 2546 6x2 também recebem o motor de 13 litros, na versão de 460 cv.

Nele, design e tecnologia também foram aprimorados. São novos os faróis, para-choque e o logotipo, que agora tem iluminação em LED. Por dentro, destaque para a nova cama, o climatizador, o sistema de som, e para o painel com display de alta definição. Voltando à parte mecânica, o Actros rodoviário passa a oferecer a opção de suspensão metálica, com tanques de alumínio para até 1.080 litros de combustível – mais autonomia. O preço do grandalhão, que rivaliza com Scania R e Volvo FH parte de R$ 352 mil.

OUTRAS NOVIDADES
Assim como produtos e serviços de pré e de pós-venda, há outras novidades na linha 2016 de caminhões da Mercedes-Benz. São quatro modelos inéditos: o Atego 2730 6x4, destinado a construção civil e operações fora de estrada; o novo médio Accelo 1316 6x2, com terceiro eixo, de fábrica, veículo para 13 toneladas de PBT (Peso Bruto Total); e – previstos para março – os semipesados Atego 3030 e 3026 8x2, que são os primeiros veículos da marca a sair de fábrica já na configuração 8x2 com quatro eixos.

Diário roda 60 quilômetros ao volante do Vito furgão

Vendida na Europa há cerca de três anos, a linha Vito estreou no Brasil nas configurações 111 CDI (furgão com motor turbo diesel e voltado ao transporte de cargas) e van de passageiros. Esta última, na versão Tourer 119 Comfort (8+1) e Tourer 119 Luxo (7+1) – ambas têm motor 2.0 turbo flex de até 184 cv e 30,6 mkgf.

E o Diário foi conferir como o modelo de entrada (que parte de R$ 104.990) se comporta nas ruas da cidade e também pela estrada.

Ao contrário da Sprinter, para dirigir o Vito é necessário apenas possuir carteira de habilitação na categoria B. Tudo isso porque o veículo está posicionado num segmento abaixo. Respectivamente, 3.050 quilos de PBT (Peso Bruto Total) na novata e entre 3.500 kg e 5.000 kg, na veterana – dependendo da versão.

IMPRESSÕES
De imediato o acabamento surpreende. A chave é idêntica à dos automóveis da marca e tem rádio com entrada USB, auxiliar e bluetooth, volante e assento do motorista reguláveis e vidros elétricos, tudo de série.

A alavanca de câmbio (manual de seis marchas) em posição elevada facilita a condução e valoriza a ergonomia. Ponto para o motor 1.6 de 114 cv. Seu torque de 27,5 mkgf dá esperteza ao furgão, que tem direção hidráulica e ótimo isolamento acústico, deixando a viagem mais prazerosa.