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Zika vírus - Dr. Leo Kahn

Doença viral aguda, semelhante ao vírus causador da dengue...

Por Dr. Leo Kahn
27/11/2015 | 07:00
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Doença viral aguda, da família ‘Flaviviridae’, semelhante ao vírus causador da dengue e da febre amarela. É transmitida principalmente por mosquitos como o Aedes aegypti.

Esse vírus chegou ao Brasil em 2014, é pouco agressivo e apresenta sintomas parecidos com os da gripe, além de manchas avermelhadas na pele, com duração de três a sete dias.

Essas manchas vermelhas são chamadas de rash maculopapular, possuem discreto relevo e podem se confluir, formando grandes manchas avermelhadas.

O Aedes aegypti infecta-se com o zika vírus toda vez que ele pica um indivíduo infectado, assim como ocorre na dengue e na febre amarela, portanto a febre zika não é uma doença contagiosa e não é preciso impedir que o paciente infectado tenha contato com outras pessoas.

Sinais e Sintomas:

- Febre (por volta de 38ºC a 38,5ºC);

- Cefaleia;

- Dor muscular;

- Dor nas articulações dos dedos das mãos e dos pés;

- Conjuntivite e dor nos olhos;

- Fotofobia;

- Coceira na pele;

- Rash cutâneo;

- Dor abdominal;

- Diarreia;

- Prisão de ventre;

- Aftas;

- Tontura;

- Perda do apetite.

O diagnóstico é realizado através do histórico do paciente, do exame físico, associado aos exames laboratoriais de PCR, sorologia com coleta de material após o quinto dia do início da doença, pois já existe a presença de anticorpos contra o vírus.

Saiba mais

- Os sintomas aparecem após três a 12 dias da picada do mosquito.

- Uma em cada cinco pessoas contaminadas irá desenvolver sintomas.

- O rash da febre zika costuma ser bem difuso, iniciando-se na face e depois se disseminando pelo pescoço, tronco e membros.

- Algumas pessoas queixam-se de coceira intensa.

- A febre zika é uma infecção benigna, que costuma durar de dois a sete dias e não provoca complicações hemorrágicas como a dengue.

- A distinção entre a febre zika, a febre chikungunya e casos mais brandos de dengue apenas pelos sinais e sintomas é muito difícil de ser feita.

- As medidas de prevenção e controle são semelhantes às da dengue e chikungunya.

- Não existem medidas de controle específicas direcionadas ao homem, uma vez que não se dispõe de nenhuma vacina ou drogas antivirais.

- Prevenção domiciliar por meio da eliminação da possibilidade de contato entre mosquitos e água armazenada em qualquer tipo de depósito, impedindo o acesso das fêmeas por intermédio do uso de telas/capas ou mantendo-se os reservatórios ou qualquer local que possa acumular água totalmente cobertos.

- Em caso de alerta ou de elevado risco de transmissão, a proteção individual por meio do uso de repelentes deve ser implementada pelos habitantes.

- Individualmente pode-se utilizar roupas que minimizem a exposição da pele durante o dia, quando os mosquitos são mais ativos, o que proporciona alguma proteção contra as picadas dos mosquitos. A prática pode ser adotada principalmente durante surtos, além do uso de repelente na pele exposta ou nas roupas.

- A comunidade deve-se basear nos métodos realizados para o controle da dengue, utilizando-se estratégias eficazes para reduzir a densidade de mosquitos vetores.

- As ações de controle são semelhantes às da dengue, portanto, voltadas principalmente à esfera municipal.

- Quando o foco do mosquito é detectado, e não pode ser eliminado pelos moradores de um determinado local, a Secretaria Municipal de Saúde deve ser acionada.

Para quem deseja engravidar:

- Converse com seu obstetra, levando em consideração todos os riscos e benefícios de aguardar um pouco até que se tenham mais esclarecimentos e orientações atualizadas sobre a associação do zika com microcefalia.

- Coloque telas protetoras em todas as janelas e portas da sua casa.

- O Aedes aegypti pode entrar durante o dia.

- Estas telas serão muito úteis, pois depois protegerão o bebê também.

- Use um repelente que possa ser utilizado por gestantes nas roupas e nas áreas expostas.

- Utilize roupas que cubram os braços e pernas.

* Se você tem dúvidas sobre saúde, envie um e-mail para leo.kahn@uol.com.br ou visite o site www.vivaintegral.com.br




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