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Segunda-Feira, 13 de Maio de 2024

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Palavra do leitor
Quando pode ser bom educar em casa?
Do Diário do Grande ABC
18/01/2020 | 08:58
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A atual forma de ensino, onde o modelo é centrado na figura do professor como transmissor do conhecimento e que se expandiu ao longo dos séculos XVIII e XIX, mostra há algum tempo sinais de que precisa ser totalmente revisada. Mas enquanto essa reformulação mais profunda não acontece, o homeschooling (educação domiciliar) pode oferecer alternativa aos pais mais insatisfeitos. 

O currículo escolar foi basicamente impulsionado pela Revolução Industrial e, consequentemente, pela urbanização e o aumento demográfico da época, o qual prepara o jovem para uma dinâmica fabril (horários rígidos, disciplina hierárquica, compartimentalização do conhecimento e processo com começo, meio e fim), o que não condiz com as necessidades de uma sociedade moderna. 

Na realidade, o aprendizado tradicional nunca atendeu às necessidades de preparação para vida adulta plena, que inclui tópicos como autoconhecimento, inteligência emocional, finanças pessoais, resolução de conflitos etc.

A possibilidade de focar tempo e recursos em questões mais relevantes também abre espaço para que o jovem possa experimentar atividades que queira exercer profissionalmente na vida adulta, ao invés de se orientar por teste vocacional feito em alguns minutos e acabar decidindo o seu futuro com base em evidências rasas. 

Porém, para adotá-lo é importante ressaltar dois fatores: a criança não deve deixar de forma alguma de interagir com outras da mesma idade e o ensino domiciliar deve ser avaliado de forma clara e padronizada para garantir que essa opção de acesso à educação cumpra alguns requisitos mínimos de qualidade e conteúdo.

Dentre os benefícios, destaco a maior socialização entre aluno e tutor, elo muito sensível nos dias atuais e intrínseco na era clássica. Aristóteles aprendeu com Platão, que aprendeu com Sócrates. Com quem nós aprendemos? A escola ‘industrial’ afastou mestre e aprendiz ao longo das décadas, o que se intensificou nos últimos tempos. 

Além disso, educar em casa pode significar importante economia para o orçamento familiar, mesmo que esse não seja o principal fator de decisão. É necessário ponderar se a qualidade do ensino em casa será melhor do que em instituição de ensino.

Embora haja mais liberdade para a seleção do conteúdo que será ensinado às crianças, é necessário currículo mínimo a ser cumprido em cada idade. Isso é importante não somente para garantir harmonização da educação no País, assim como para avaliar a aptidão para o ingresso no sistema educacional nas fases mais avançadas. 

André Alves é cofundador e CEO da startup Shapp. 

Nazismo – 1

O governo de Bolsonaro não precisa de inimigos para que seja destruído. Faz isso sozinho. É um ministro mais chucro que o outro. Um falando mais asneiras que o outro. Conseguem ser até piores que o próprio presidente da República. Não há filtro. Não há teste para estar no governo. Desta vez foi o titular de Cultura, Roberto Alvim, que copiou e postou frase do ministro nazista Joseph Goebbels: ‘A arte brasileira da próxima década será heroica e será nacional. Será dotada de grande capacidade de envolvimento emocional e será igualmente imperativa, posto que profundamente vinculada às aspirações urgentes de nosso povo, ou então não será nada’. Mais um que já vai tarde. Faxina urgente no Palácio do Planalto. 

Kleber Mantovan

Diadema

Nazismo – 2

Governo acaba de definir sua política oficial para a cultura por meio de seu secretário de Cultura. Aliás, muito elogiado pessoalmente pelo presidente quando da sua posse. Pior que a declaração oficial, copiada de discurso nazista, foi a desculpa de ignorância da sua origem, e de que foi preparada por assessores – escolhidos por ele. Ignorâncias inconcebíveis para o cargo que ocupa. O presidente tende a desqualificar a imprensa e valorizar redes sociais. Ora, a imprensa formal, falada, escrita, é na maioria composta de profissionais formados, mesmo que alguns efetivamente tendenciosos, mas, no fim, alinhados a tendência de bom-senso geral. Já as redes sociais não têm qualquer filtro, assim provou de seu próprio veneno. Resta agora aos seus seguidores correrem mais uma vez atrás de justificativas, quase sempre ridicularizadas, o que se tornou rotina quase que diária.

Evaristo de Carvalho Neto

Santo André

Simples assim

Quando Thomas Jefferson disse que ‘o preço da liberdade é a eterna vigilância’, ele se referia a vigiar nossos próprios atos e ações para que estes não atingissem outros. Toda liberdade tem um preço, que é a responsabilidade pelos atos assumidos. Nós temos a liberdade de nos expressar, sim, mas também temos que assumir as consequências desses atos. Infelizmente, nem todos que se sentem atingidos ou ofendidos por essa liberdade de expressão têm a mesma forma de protestar, como aconteceu com o tabloide francês Charlie Hebdo em 2015 e com a produtora Porta dos Fundos no ano passado. A minha é: ‘Me senti ofendido, não leio, não compro, não assisto’. Simples assim!

Vanderlei A. Retondo

Santo André

Na cor azul

A Prefeitura de São Bernardo informa que todos os detalhes sobre a escolha da cor já foram esclarecidos e que, ao contrário do título da reportagem veiculada nesta quinta-feira por este Diário (Setecidades, dia 16), o prefeito Orlando Morando não desobedeceu o Código Brasileiro de Trânsito, uma vez que seguiu os manuais do Contran, que determinam que as faixas compartilhadas entre ciclistas e pedestres não devem utilizar pintura vermelha de contraste. 

Prefeitura de São Bernardo

Nota da Redação – O Diário mantém as informações.

Vibrações em 2020

Já ficam distantes os dias de abraços, mensagens belas, músicas inspiradoras, desejos de paz e saúde em abundância. Como viram as folhas do calendário, janeiro já entra na quinzena final, e mudam também as frequências vibracionais das pessoas. Cérebros e bocas, muitas vezes destemperadas e intempestivas, bradam nos quatro cantos do mundo por seus desejos pessoais sem se importar com a ética ou o padrão moral dos mesmos. No topo do desenvolvimento social e econômico do mundo, um presidente comanda um drone para assassinar adversário em outro continente. A nação atingida, ferida, entristecida lança mão da moral expressa no Alcorão e, buscando vingança, derruba com dois mísseis, por equívoco, avião comercial ocupado na maioria por cidadãos de seu próprio país. Enquanto isso ocorre no triângulo das arábias, por aqui pelo Brasil, o presidente tenta mostrar para o mundo que nosso País não sofreu ditadura, e que os desaparecidos, às centenas, eram apenas ‘esquerdistas’ e, assim, não houve crime algum. 

Ruben J. Moreira

São Caetano

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