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Palavra do Leitor
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Palavra do Leitor
As torres, a tecnologia e a economia
Do Diário do Grande ABC
27/12/2019 | 09:30
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Décadas atrás, o brasileiro que viajasse aos Estados Unidos ou Europa tinha sua atenção chamada para o grande número de torres existentes nas cidades.

Não só aquelas que se tornaram marcos das localidades onde se encontram e originalmente serviam para a emissão de sinais de rádio e TV, mas dezenas, até centenas de outras de menor porte. Estas já serviam ao nascente telefone celular e a outros sistemas de comunicação. A chegada das torres ao Brasil, no começo dos anos 1990, junto com a telefonia celular analógica, disputou o alto de prédios residenciais e comerciais e logo passou a investir em estruturas próprias que, por falta de tecnologia e adaptação ambiental, chegaram a causar acidentes e a amedrontar a vizinhança. O noticiário registra a queda de algumas dessas estruturas, especialmente no decorrer de tempestades com muito vento. Mas essa fase foi superada e hoje ninguém se incomoda com a torre vizinha.


Agora vemos que, além de base para a comunicação de diferentes níveis, as torres também se tornaram bom negócio. Tanto que está chegando empresa sul-africana que já opera 24 mil torres em cinco países, e acaba de investir R$ 2,5 bilhões na aquisição de 2.000 torres no Brasil. O negócio tornou-se atrativo frente à expectativa da chegada da telefonia 5G, que abrirá a rede para a chamada ‘internet das coisas’.


Apenas com a rede de 4G já tivemos profundas alterações no formato de se fazer as coisas. Comunicações tornaram-se céleres e interativas – hoje o computador faz ponte e ‘fala’ com rádio, TV, telefone, equipamentos hospitalares e outros instrumentos – e o mundo, antes atingível só por meio de longas e caras viagens, é acessado no simples apertar de teclas. Saúde, educação, lazer, mercado,mobilidade e tantas outras coisas passaram a ser elementos da rede e, em última análise, dependente das torres. Logo, com a internet 50 vezes mais rápida que atualmente, finalmente estará disponível e cada vez mais acessível a sonhada ‘casa inteligente’, onde o morador acessa recursos através do smartphone e, quanto chega, tudo já está pronto para o uso. Isso sem falar do aparato de vigilância eletrônica e segurança do patrimônio. Isso também vale para a sede da empresa e dos negócios.


O Brasil é, sem dúvida, grande celeiro de tecnologia e oportunidades. É preciso agora que governos e lideranças de todos os setores se interessem em colocar esse arsenal a serviço da população. Não podemos continuar vivendo como a Belíndia (mistura da pequena e desenvolvida Bélgica com a grande e atrasada Índia), citada pelo economista Edmar Bacha no seu ensaio de 1974. Até porque a própria Índia, apesar dos seus problemas, se desenvolve e constitui importante país emergente.

Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente e dirigente da Aspomil (Associação de Assistência Social dos Policiais Militares de São Paulo).

Boas-Festas
O Diário recebe e retribui votos de Boas-Festas a Paulo Serra, prefeito de Santo André, e Ana Carolina Barreto Serra, primeira-dama; Clia Brasil; MLP Assessoria de Imprensa; Mário Pereira; Karen Kornilovicz; Thiago da Silva Marques; Vagner Ivonildo de O. Albano; Valdeci Severo Gomes; Welton Júnior de Moraes; Wilson Francisco de Alencar; Fábio Gavioli; Adilson Martins do Nascimento; André Vinicius; Harley Nobrega; Arthur Martins Ribeiro; Diego Silveira Carvalho; Cortez Móveis; Caio Martins Ribeiro; Leandro Aparecido Bezerra; Diego Matheus Santos de Lima; Diego de Oliveira Vieira.

Oportunidades
Exijo explicação da Secretaria de Assistência Social de São Caetano sobre o projeto Mais Oportunidades, no qual foram abertas inscrições em novembro. Dizia que haveria 500 vagas. No dia 13 de dezembro, após anúncio oficial, chamaram apenas 50 pessoas, para início. Quero saber quando a Prefeitura chamará os outros aprovados. Ou explica em público se só haverá essas 50 vagas. Por favor, Prefeitura, emita nota sobre o projeto, se as outras pessoas aprovadas serão chamadas. A cidade quer resposta.
Fernando Zucatelli
São Caetano

Simone
Simplesmente excelente a reportagem com a cantora Simone, intitulada ‘Não tenho vergonha do que fiz na vida’, publicada por este prestigioso Diário (Cultura&Lazer, dia 22). Entrevista que tem conteúdo do começo ao fim, em que a entrevistada responde todas as perguntas com sabedoria. Ela foi vítima de campanha injusta sobre o uso de termos como ‘brega’ e ‘cafona’ para classificar algumas produções da MPB (Música Popular Brasileira). Interessante que Simone não se preocupou tanto com essas perseguições e continuou sua trajetória artística gravando seus discos e cantando aquilo que ela julgava ser bom para seu público. Além de falar sobre sua carreira musical, ela também teve a coragem de afirmar que nunca votou no PT, mas que chegou a botar o dedo na cara do então presidente eleito Fernando Collor, para demonstrar a sua decepção em ter lhe dado seu voto ao hoje senador da República.
Arlindo Ligeirinho Ribeiro
Diadema


Baderna
Saúde não é assunto para políticos, porque é impressionante a baderna nessa área no Brasil, notadamente no Rio de Janeiro. O inferno vivenciado pelos doentes nada fica a dever ao inferno das religiões, onde trombeteiam muito choro e ranger de dentes. A TV mostra essa tragédia dolorosa todos os dias. E não se vê nenhuma entidade médica indignada/revoltada com a situação. Médicos estão perdendo a imperdível oportunidade de tomar a situação política nas mãos, tornando-se líderes da saúde no País e, tendo como resultante, novo patamar para a classe médica brasileira. Tudo questão de inteligência, comprometimento e oportunidade! A saúde não pode ficar nas mãos dos políticos.
Renzo Sansoni
Capital

Bichinhos
Preocupante ler neste Diário que apenas um animal é adotado por dia no Grande ABC (Setecidades, dia 23) se lembrarmos que a região tem mais de 2,7 milhões de habitantes. Muitas pessoas preferem comprar do que adotar. Talvez por não saberem que nos CCZs (Centros de Controle de Zoonoses) existem centenas deles esperando por lar. Falta divulgação.
Janete Maria Florêncio
Santo André

Renovação
A Câmara da nossa São Bernardo, durante todo o ano prestes a se encerrar, teve, em minha opinião, atuação morna, para não dizer fria, sem grande relevância para a cidade e sua população. Porém, ao se aproximar do fim de ano, quis ser polêmica, mostrar que tinha alguém ainda trabalhando e aprovou propostas polêmicas, sem abrir para discussão, como a da reforma da Previdência, onde foi necessária intervenção judiciária para que fosse aprovada, além de aprovarem 13º e aumento abusivo aos edis. Mas o aumento e o 13º logo eles voltaram atrás. E o pior foi ter de ver alguns querendo posar de heróis, bem como o próprio prefeito. Se de fato não quisessem esse aumento e o pagamento do 13º, por que colocaram o projeto em votação e aprovaram? O povo já acordou, nobres edis! Não iremos nos esquecer do que fizeram na reta final do ano, quase no apagar das luzes! Que venha 2020 e que venham as eleições! Renovação!
Thiago Scarabelli Sangregorio
São Bernardo

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