Memória Titulo
Os congressos de Rio Grande da Serra
Ademir Medici
22/07/2017 | 07:00
Compartilhar notícia


Em 22 de julho de 2002 tinha início o VII Congresso de História do Grande ABC, em Rio Grande da Serra. Encerrava-se um ciclo de sete congressos, um em cada uma das sete cidades. No ano seguinte, por Paranapiacaba, iniciava-se o segundo ciclo de congressos, que neste ano de 2017 será completado com todos os méritos no mesmo Rio Grande da Serra.

Dois ciclos, 14 certames. Que outra região brasileira alcançou uma marca como esta?

O Rio Grande da Serra de 2002 não tinha o maravilhoso teatro municipal apresentado pelo Diário, na belíssima reportagem de Vanessa Soares. Mas o congresso daquele ano foi inesquecível.

Uma travessa central foi interditada. Barracas erguidas. Um lindo palco. Cadeiras na rua. E quantas notícias transmitidas, quantas informações trocadas. Um dos mais lindos congressos de História já realizados, a exemplo do que fez Mauá no V Congresso, em 1998.

E o VII Congresso, em novembro, também tem tudo para ser exemplar. Esta semana recebemos, com a maior alegria do mundo, o telefonema da Dra. Gisela Leonor Saar - a baluarte da Memória de Rio Grande da Serra. Ela está toda empolgada com o próximo congresso, e lidera a feitura de um livro-álbum sobre a história local.

Também recebemos uma mensagem dos músicos do trem de Rio Grande da Serra. Eram jovens. Fomos encontrá-los num sábado à noite, no último vagão, 18 anos atrás, tocando entre Rio Grande e o Brás. Os músicos do trem. Hoje cada elemento seguiu seu caminho, mas não se perderam de vista. Buscaram a religiosidade, e poderão se apresentar em novembro, a pedido desta página Memória.

Celebremos, pois, nesta data, os 25 anos do Congresso de História realizado em Rio Grande da Serra. E auguremos para que o próximo congresso marque também a história da velha Estação Rio Grande, história que é linda. Força, Dra. Gisela.

"Se eu perder esse trem..."

Peço a liberdade em usar seu e-mail para mandar um grande abraço.

Meu nome é Alexandre. Eu sou o violonista e líder daquele grupo de samba que tocava nos trens da CPTM e que ganhou uma linda matéria da Memória.

Vi o e-mail no Diário e senti no coração de mandar um grande abraço.

Espero que se lembre de nós. Foi em 1999...

As coisas mudaram muito. Alguns tomaram outros rumos, inclusive eu. Tem 12 anos que parei de tocar. Fui para a igreja e me tornei um pastor evangélico.

José Mario (Diguilo) tocava pandeiro. Está na igreja.

Antonio Carlos (Dama) tocava repique. Está na igreja.

Sidnei (Vermelho) tocava banjo. Está na igreja. Marcio (Kunga) tocava bateria. Está na igreja católica.

Quem está tocando ainda, e muito bem por sinal, é o Marcelinho do Cavaco e o Nias do Teclado. Estão com uma nova formação, mas tenho contato com eles direto.

No próximo Congresso de História será um prazer enorme nos encontrarmos.

Alexandre Donizete de Souza, de Rio Grande da Serra

NOTA - Prezado Alexandre. Foi uma das matérias mais lembradas aquela do trem. Que bom que todos seguiram caminhos cristãos. Deus os abençoe. E vamos nos reencontrar em novembro, no 14º Congresso de História do Grande ABC, em Rio Grande da Serra - 18 anos depois...<EM>

Nas Ondas do Rádio

Rádio ABC AM (1570) – Causas nobres. Presença da Associação de Pais e Amigos dos Surdos de Mauá. Participação de Dayse Della Santa Pereira, Marcia Cristina Pereira de Paula e Camila de Lima da Silva Passini. Produção: Luiz Carlos Gimenes; apresentação: Antonio Dalto. Hoje, às 10h.

Rádio Bandeirantes AM (840) e FM (90,9). Memória. O programa recorda uma dupla de cantores, músicos, compositores e humoristas, José Luis Calazans e Severino Rangel de Carvalho, ambos nascidos em 1896, o primeiro em Maceió, Alagoas, e o segundo em Itabaiana, Paraíba.

Escreve o jornalista Milton Parron, coordenador do CEDOM (Centro de Documento e Memória da Band) e produtor e apresentador de Memória:

Oxalá UM em cada CEM desses péssimos humoristas que a televisão nos empurra garganta abaixo, fosse tão engraçado, tivesse tão bom gosto e inteligência, quanto essa dupla que já nos deixou há mais de 40 anos. Os dois se conheceram numa festa boêmia lá em Recife em 1919 onde mostraram seus talentos artísticos individualmente.

Admiraram-se mutuamente e resolveram juntar forças e a primeira coisa que fizeram foi adotar um nome fantasia, mais apropriado para os palcos.

José Luis virou Jararaca e o Severino, simplesmente Ratinho e assim denominados tornaram-se conhecidos em todo o Brasil e juntos permaneceram por 45 anos, de 1919 a 1972, a dupla que mais tempo cantou, compôs e fez humor sem jamais ter se separado, a morte de um deles é que se encarregou disso.

Jararaca e Ratinho faziam um humor sarado, destituído do double sense, dos palavrões, do grotesco, do chulo tão utilizado por esses dito humoristas que andam por ai e certamente jamais serão lembrados quando forem escorraçados da ribalta.

A antológica marchinha "Mamãe eu Quero" também será lembrada no programa deste final de semana. Gravada pelo Jararaca e, mais tarde, em 1940, por Carmen Miranda no filme "Serenata Tropical", essa música é a terceira mais executada na voz da "Pequena Notável" segundo o ECAD, sociedade arrecadadora de direitos autorais. Também foi gravada no exterior por Bing Crosby, The Andrews Sisters, Lucille Ball e muitos outros.

Nem todos sabem, o Jararaca também é um dos autores dessa marchinha tendo como parceiro Vicente Paiva. Essas histórias estão no programa Memória deste final de semana, e o que é mais importante, nas vozes dos próprios personagens.

Hoje, às 23h, com reprise amanhã, às 5h. Site: www.radiobandeirantes.am.com.br

Rádio Trianon AM (740); Universal AM de Santos (810). Quinta Avenida. Nesta audição, a "big band" do saxofonista Les Brown e dos cantores Mel Tormé e Peggy Lee. Produção e apresentação: Ronaldo Benvenga. Amanhã, às 9h. Pela internet: sites: www.radiotrianon.com.br, www.quintaavenida.mus.br e grandeabcwebradio.com.

Rádio ABC AM (1570). Portugal Trilha Nova. Mais de meio século no ar (1966-2017). As mais belas canções portuguesas, por intérpretes de Portugal e do Brasil. E mais: notícias, futebol, histórias, memória.

Produção e apresentação: Varela Leal, com Mimi Varela e Idalecio de Souza. Amanhã, do meio-dia às 14h.

Zummm FM, de Santo André. Programa Garagem SA. Focaliza artistas de Santo André e Grande ABC, lembrando os bailinhos de antigamente, nesta ou naquela garagem, ao som de uma bela rádio vitrola. O "SA", claro, vai por conta das iniciais de Santo André. Produção e apresentação Celso Zappa. Segunda-feira às 11h. Site: www.zummmfm.com.br

Diário há 30 anos

Quarta-feira, 22 de julho de 1987 - ano 30, edição 6.500

PRIMEIRA PÁGINA – Prefeitos das sete cidades reivindicam, em documento, a criação da Universidade do ABC.

Governador Orestes Quércia cria comissão para estudar a UABC.

Em 22 de julho de...

1917 – A greve geral. Em Santo André, a indústria Irmãos Cataruzzi informa ter entrado de acordo com os empregados.

Em Campinas, um abaixo-assinado arrecada fundos para construção de três mausoléus sobre as covas de três operários mortos no conflito de 16 de julho.

Prossegue a greve em Santos.

Hoje

Dia do Cantor Lírico

Santos do Dia

Maria Madalena

Felipe Evans




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;