Política Titulo Campanha salarial
Servidores pressionam sindicato por greve

Funcionários reclamam de proximidade de presidente da entidade com governo são-bernardense

Por Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
26/04/2015 | 07:00
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Os servidores de São Bernardo estão descontentes com o presidente do Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos), Giovani Chagas. Eles esperavam por greve, mediante impasse sobre a proposta de reajuste salarial à categoria deste ano, negociação que não avança com o governo do prefeito Luiz Marinho (PT). Muitos contestam relação de Chagas com o petismo local e relatam desejo do dirigente em ser candidato a vereador pelo partido em 2016.

A falta de posicionamento do sindicato em relação ao desrespeito de Marinho sobre a data base, encerrada em março, é crítica recorrente. “Os protestos são tão tímidos que deixei de ir reclamar”, relatou funcionário da Secretaria de Serviços Urbanos.

O Sindserv protocolou pauta de reivindicação junto à administração solicitando reajuste de 12,54%, sendo 8,04% de reposição da inflação com base no ICV (Índice de Custo de Vida), do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômico), e outros 4,5% de ganho real. Na semana passada, o dirigente chegou a reclamar da postura do chefe do Executivo, prometendo série mobilizações de protesto.

Vereadores da oposição engrossaram críticas ao dirigente, alegando que a ausência de cobrança mais contundente está atrelada a viés político. “O exemplo é Diadema. Quando houve impasse, iniciou-se a greve. Mas aqui, o sindicato tem muita proximidade com o prefeito”, reclamou Julinho Fuzari (PPS). “O funcionário público não se sente representado pelo sindicato”, pontuou o vereador Marcelo Lima (PPS).

Também oposicionista, Pery Cartola (SD) revelou reunião com Chagas na última semana. “Nos encontramos e houve troca de sugestões. Contudo, um impasse como este não pode perdurar e cabe a ele dar o tom da iniciativa”.

AÇÃO
Na sexta-feira, cerca de 100 servidores foram às ruas do Centro fazer caminhada de protesto contra a Prefeitura, liderada pelo Sindserv. A ação, no entanto, foi esvaziada. Até mesmo Marinho desdenhou o protesto e disse que somente irá iniciar as negociações no mês que vem, sem precisar data.

Procurado pela equipe do Diário, Chagas não foi localizado para comentar o assunto. 




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