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Chuva causa transtornos em Santo André e Mauá

Mais de duas horas após tempestade, região ainda sofre as consequências

Vanessa Soares
Flavia Kurotori
Do Dgabc.com.br
18/02/2020 | 18:11
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Júnior Carvalho/DGABC


Atualizada às 19h40

Após duas horas do fim da forte chuva que atingiu o Grande ABC na tarde desta terça-feira (18), Santo André e Mauá ainda registram diversos pontos de alagamento e munícipes enfrentam aàs consequências da tempestade.

Em Santo André o rio Tamanduateí transbordou,  provocando alagamento na Avenida dos Estados, entre a avenida André Ramalho e avenida Sorocabana, na altura da Rhodia Têxtil, em ambos os sentidos. A avenida Capitão Mário Toledo de Camargo, na Vila América, também ficou totalmente alagada, além da Santos Dumont e Firestone. De acordo com a Prefeitura, foram registradas as quedas de seis árvores. Não houve registro de feridos.

Como consequência da tempestade, a cidade registra congestionamento em diversos pontos. No bairro Jardim, as esquina das ruas Bandeiras e Dom Pedro II não estavam funcionando por volta das 19h.

Gerente de loja de rede de fast-food localizada na Avenida dos Estados, Marina Moura, 27 anos, contou que a água subiu rapidamente. "Primeiro ficamos sem luz e, quando saímos, vimos o rio subindo e a água invadindo a pista, foi menos de cinco minutos depois da chuva começar", detalhou. "Desde que estou aqui (agosto), é a primeira vez que vejo algo deste tipo, antes, só o rio ficava alto, mas não chegava a alagar a avenida", completou. O estabelecimento está acima do nível da rua, portanto, não chegou a ser prejudicado. 

Residente da Rua Afonso Pena, na Vila América, há dez anos, o comerciante Válter Andrade Junior, 39, relatou que a água chegou a um metro e meio, porém, a altura é considerada baixa pelos moradores. "Nos três últimos anos, estava subindo até dois metros, este foi o único ano que a limpeza do rio amenizou a enchente", explicou. "É uma negligência, foi um projeto mal feito porque as casas ficam muito abaixo do nível da avenida (Capitão Mário Toledo de Camargo)."

Na parte inferior do imóvel, onde a água entrou e deixou espessa camada de lama, Andrade Junior tem um salão, onde comercializa carvão e gelo. Ainda que não tenha contabilizado as perdas, ele destaca que um dos freezers chega a custar R$ 2.000 e que o prejuízo pode "ultrapassar R$ 5.000 fácil". Outro problema é a desvalorização das casas. "Alguns vizinhos tentam vender ou alugar, mas não conseguem, precisamos (de obras) de melhorias", relatou.

Já em Mauá, a Avenida João Ramalho, no entorno da Prefeitura, está debaixo d''''água, além de ocorrências na estação de ônibus municipal e a Avenida Portugal. Por volta das 19h os carros permaneciam "estacionados" em ambos sentidos e não havia no local nenhuma equipe da Prefeitura prestando auxílio as pessoas que ficaram ilhadas. 

Em São Bernardo, a Prefeitura informou que não foram registradas ocorrências de maior gravidade. Queda de energia atingiram semáforos no entorno do Paço Municipal (Lucas Nogueira Garcez e Avenida Redenção com Jurubatuba) e em trecho da Avenida João Firmino. Os agentes de trânsito foram deslocados para auxiliar no fluxo de veículos. Na Rua Princesa Francisca Carolina, no bairro Nova Petrópolis, uma árvore caiu e equipes da secretaria de Serviços Urbanos foram deslocadas ao local para remoção.

Em São Caetano, a sessão ordinária da Câmara Municipal foi encerrada após queda de energia elétrica no local. Os projetos previstos na ordem do dia serão votados em nova data, ainda não definida.

A Linha 10-Turquesa da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) ficou cerca de 50 minutos com a operação suspensa entre as estaçãoes Prefeito Celso Daniel, no Centro de Santo André, e Capuava, na divisa entre com Mauá, devido alagamento na via. Segundo a companhia, a situação foi normalizada por volta das 19h10.

Diadema, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra não registraram nenhuma ocorrência relacionada a chuva. (Com informações de Júnior Carvalho)

CHUVAS DE VERÃO - No início do mês, o Grande ABC já havia sofrido os efeitos das chuvas. Na sexta-feira (7), ruas da região central de São Bernardo, sobretudo a Marechal Deodoro e a Jurubatuba, ficaram alagadas após temporal de meia hora, colando à prova o recém-inaugurado Piscinão do Paço.

No sábado (9), outra chuva forte de meia hora causou série de transtornos em Santo André, como o alagamento da Estação Prefeito Celso Daniel e a queda de muro no Parque Chácara Pignatari. Em São Bernardo, família caiu no córrego Saracantan, no Montanhão. O vendedor de alface Gilvan Pereira de Jesus, conhecido como Gugu, 33 anos, morreu após ser levado pela correnteza. 




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