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Socorro: a cidade do ecoturismo acessível

Vontade é a única exigência do destino, no Interior do Estado, para quem quer ser radical

Por Vanessa Soares Oliveira
30/11/2017 | 07:00
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Divulgação


 O Interior de São Paulo, próximo ao Sul de Minas Gerais, abriga diversas cidades encantadoras. Atrai, especialmente, os visitantes que não abrem mão de belas paisagens e contato com a natureza, além da simplicidade. E entre estes municípios está Socorro.

Localizada a cerca de 165 quilômetros de Santo André, a cidadezinha, com pouco mais de 35 mil habitantes, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), é procurada por turistas que querem ver sua natureza exuberante. Faz parte da Serra da Mantiqueira, possui clima agradável em qualquer estação e é passagem de rios, corredeiras e belas cachoeiras, o que a torna parte do Circuito das Águas Paulista, composto por outros oito municípios – Águas de Lindoia, Amparo, Holambra, Jaguariúna, Lindoia, Monte Alegre do Sul, Pedreira e Serra Negra. Além disso, por causa dos recursos hídricos naturais, virou um dos destinos mais procurados quando o assunto é ecoturismo.

Entre os pontos imperdíveis de Socorro estão os mirantes. O do Cristo é um deles. Além da estátua propriamente dita também abriga um empório, que funciona de quarta a domingo, e oferece produtos artesanais fabricados pelos produtores locais, Já o do Pedra Bela oferece vista de um pôr do sol inigualável.

Na região central, o Museu Municipal – primeiro sobrado da cidade, construído em 1881 em estilo colonial, de taipa de pilão no térreo e pau a pique no andar superior – vale muito a visita.

Rota da linha férrea – que até meados de 1960 ligava as cidades da região, incluindo Socorro – a maria-fumaça 208 é um item histórico do município que ainda realiza passeios pela cidade. Outros locais que não podem ser deixados de lado são a Feira de Malhas e o Shopping e Espaço do Artesanato, que possuem toda infraestrutura para receber os consumidores ávidos por lembrancinhas.

SOCORRO ACESSÍVEL
O destaque principal da cidade é a preocupação em receber bem todo e qualquer turista. Prova disso é que Socorro é referência nacional quando o assunto é turismo acessível. Atualmente, praticamente todos os pontos e equipamentos permitem o acesso de pessoas com necessidades especiais ou com mobilidade reduzida.

Tanto esforço já rendeu a Socorro diversas premiações, incluindo internacionais, como o Prêmio Rainha Sofia de Acessibilidade, outorgado pelo Conselho Real para Deficiência, concedido pela Espanha em 2014.

Em Socorro, limites físicos não são desculpa na hora da diversão
Os turistas vão para Socorro em busca de aventura e é isso que a cidade oferece de melhor, inclusive para pessoas com necessidades especiais e mobilidade reduzida, como crianças, idosos e gestantes. Das 20 atividades, dez já foram adaptadas e podem ser praticadas até mesmo por cadeirantes. Esta repórter que vos escreve, gestante de seis meses, aceitou o desafio e conferiu de perto o preparo das empresas de aventura.

O roteiro foi um caving (espécie de trilha) na caverna Quebra Corpo na companhia do guia de turismo de aventura Eduardo Spinola, da Mountain Adventure e Expedições (facebook/MountainAdventureSocorro) em parceria com a ProximAventura (www.proximaventura.com.br), que oferecem rafting, rapel, trilha com cachoeira, arvorismo, tirolesa, entre outros passeios.

Edu, como é conhecido na região, tem 30 anos de experiência no ramo e foi o descobridor da caverna, uma das maiores de granito já catalogadas. O passeio consiste em transpor diferentes obstáculos, com quedas-d’água, fendas e pequenas passagens.

O choque inicial após se ter real noção da aventura é superado na primeira passagem, que é feita engatinhando, seguida de outra, com os pés dentro da água gelada. Em alguns momentos a escuridão toma conta e a barriga gela com a possibilidade de encontrar pela frente cobras, aranhas ou morcegos.

Além de Edu, que tinha um ajudante, estava acompanhada por outros três adultos e três crianças com idade entre 2 e 7 anos. Nosso percurso por dentro da Quebra Corpo durou, aproximadamente, duas horas e percorremos cerca de 220 metros.

Apesar dos limites impostos pela gestação, o caving foi tranquilo. A experiência e confiança transmitida pelo guia, que possui conhecimento aprofundado do local há mais de 15 anos, fizeram total diferença nas horas de insegurança e de dificuldade, uma vez que estava lidando com algo desconhecido. Nada se compara à alegria de superar os próprios limites como a que senti no momento que chegamos no fim do percurso.

Vale lembrar que é necessário estar com roupas e calçados confortáveis. No caso de gestantes, assim como eu, é importante ressaltar que a aventura só vale se não houver restrições médicas.

E deixo aqui um conselho: independentemente das limitações, sejam elas físicas ou não, encarar uma aventura como essa vale a pena. Socorro está preparada para isso. E a sensação é indescritível.

Hospedagem também é pensada para todos
Não são apenas as empresas de esporte de aventura que se prepararam para receber turistas portadores de necessidades especiais ou com mobilidade reduzida. Os hotéis também têm política neste sentido.

O Hotel Fazenda Campo dos Sonhos é opção. Localizado a poucos quilômetros do Centro de Socorro e do Rio do Peixe, onde estão instaladas as principais empresas de esporte de aventura, oferece acomodação em apartamentos ou chalés adaptados.

Entre as atividades disponíveis, possui lago com pedalinho, tem na lista passeios a cavalo, o contato com animais como cabras, coelhos, pavões, passarinhos, borboletas, cavalos, vacas, entre outros, para diversão da garotada, além de piscinas adaptadas com rampa e corrimão, incluindo aquecidas, casa na árvore, arvorismo, entre outros.

Mais informações e reservas estão disponíveis no site oficial do estabelecimento no endereço www.campodossonhos.com.br.

NÃO PODE FALTAR
Quem for até Socorro não pode deixar de dar uma passadinha também na Du Bom (facebook/dubombiscoitos) para degustar um delicioso café acompanhado de biscoitos artesanais produzidos pela casa, entre outras guloseimas como canolli, bolos e salgados. Fica a dica.

A jornalista viajou a convite da Astur, Associação Socorrense de Turismo




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