Ribeirinhos e produtores rurais da Vila de Belo Monte do Pontal, que fica próxima à barragem da usina, também chegaram a fechar a BR-230 (Transamazônica), que dá acesso ao porto da balsas que cruzam o Xingu. A concessionária Norte Energia, dona da usina, informou que a manifestação não provocou interferência no andamento das obras.
O movimento alega que a pesca tem sido impactada pelas obras da hidrelétrica e que, "até o momento não estão definidas ações de mitigação para a classe". Os pescadores pedem o cancelamento dos relatórios de monitoramento e acompanhamento pesqueiro da Volta Grande do Rio Xingu, sob a alegação de que não revelam a realidade vivida pela população.
Eles também pedem indenização dos pescadores dos municípios de Altamira, Vitória do Xingu, Senador Jose Porfírio, Porto de Moz, Gurupá e Anapu, indenização dos garimpeiros da Volta Grande do Rio Xingu e pagamentos de verbas alimentares, entre outros itens.
Por meio de nota, a concessionária Norte Energia negou irregularidades e afirmou que "as obras da usina não provocaram redução de estoques pesqueiros que indiquem a necessidade de indenizações". Belo Monte aguarda a emissão de licença de operação pelo Ibama para iniciar o enchimento de seu reservatório.
"A Norte Energia lamenta a decisão de alguns pescadores de impedir o direito constitucional de ir vir de pessoas e embarcações no rio Xingu. A empresa esclarece ainda que a manifestação não provocou interferência no andamento das obras em nenhum dos canteiros e que as exigências de indenizações feitas pela categoria estão sendo tratadas no âmbito judicial, pois as colônias de pesca tomaram a iniciativa de judicializar a questão", diz a nota.
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