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Sexta-Feira, 3 de Maio de 2024

Santo André a dois passos da Série D
Anderson Fattori
Do Diário do Grande ABC
17/02/2020 | 23:30
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Duas vitórias – ou seis pontos – separam o Santo André do grande objetivo do clube na temporada: a sonhada vaga na Série D do Campeonato Brasileiro. De longe, parece meta modesta para time que lidera a classificação geral do Campeonato Paulista, mas que, na prática, mudaria significativamente a rotina da agremiação. Desde 2013, quando caiu nas oitavas de final da Quarta Divisão para o Metropolitano-SC, o Ramalhão está fora do cenário nacional, o que obriga os dirigentes a montarem equipes por quatro meses, tempo de disputa do Estadual, e recomeçarem o trabalho na temporada seguinte, já que, por enquanto, resta apenas a deficitária Copa Paulista no segundo semestre.

Além da classificação ao mata-mata, estão em disputa na primeira fase do Paulistão três vagas na Série D de 2021. Ficam fora da briga os times que já estão garantidos nas Séries A, B e C, ou seja, dos 16 participantes sobram Santo André, Água Santa, Inter de Limeira, Novorizontino, Ferroviária e Mirassol com esse objetivo. Os três últimos jogam a Quarta Divisão já nesta temporada e, em caso de acesso para a Série C, saem da luta pelas vagas disponíveis no Estadual. E, pensando bem, a primeira fase da Copa do Brasil mostrou que é abismal a diferença do futebol jogado em São Paulo com relação ao restante do País. Ou seja, os times do Interior estão entre os favoritos a subir de nível.

O regulamento esdrúxulo do Campeonato Paulista não permite nem mesmo que os matemáticos tenham convicção sobre quantos pontos são necessários para ir ao mata-mata ou assegurar a vaga na Série D. Resta nos basearmos nas últimas três temporadas, nas quais o Estadual é disputado neste formato e com 16 clubes. A melhor campanha que ficou fora das quartas de final foi da Ponte Preta, com 19 pontos, no ano passado. Ou seja, as chances de classificar são enormes a partir dos 20 pontos. Como já soma 15, mais seis devem ser suficientes para garantir o Ramalhão nas eliminatórias e também superar o Novorizontino, um dos rivais na luta pela vaga na Série D.

Analisando por este ponto de vista é inimaginável pensar que o Santo André fique sem a vaga na Quarta Divisão do Nacional. Mas, passado que ainda lateja na cabeça dos dirigentes coloca rapidamente os pés no chão. Em 2018, o Ramalhão vinha fazendo boa campanha no Paulistão justamente até a sexta rodada, quando ganhou do Corinthians por 2 a 1, no Bruno Daniel. Depois disso, o clube somou apenas mais um ponto em seis jogos e acabou rebaixado à Série A-2. Toc, toc, toc. Vale bater três vezes na madeira, mas com o alto nível do Estadual não dá para desviar o foco. Os andreenses terão dois rivais duríssimos pela frente, o Red Bull Bragantino, domingo, no Bruno Daniel, e o Timão, na Quarta-Feira de Cinzas, na Arena, em Itaquera. Serão testes de fogo para o grupo comandado pelo técnico Paulo Roberto.

INAMAR SOB PRESSÃO
Por falar em teste de fogo, o estádio do Água Santa vai passar pela maior prova desde que foi inaugurado, em 2009. Vai receber sábado, às 15h, o confronto do Netuno contra o Corinthians, pelo Paulistão, o que vai exigir o máximo de todas as dependências. O duelo marca a inauguração do novo setor de arquibancadas (leia ao lado). O que me preocupa verdadeiramente é como serão recebidas as autoridades, os convidados e, principalmente, os veículos de imprensa. Em partidas comuns do Água Santa, contra times do Interior, é normal duas ou três empresas de comunicação dividirem a mesma cabine, que não tem dois metros de largura. A proximidade com a Capital e o horário do jogo devem arrastar dezenas de jornalistas ao local, o que causa apreensão.

A região passou recentemente por isso no jogo do Santo André contra o São Paulo, no Bruno Daniel. Mesmo com o estádio andreense mais bem estruturado, dezenas de cinegrafistas compareceram e deu trabalho para acomodar todo mundo. Além do espaço insuficiente, no Inamar as cabines são bem próximas ao campo e com pouca profundidade, o que vai ser mais um fator dificultador para emissoras de televisão. Torço para que isso não estrague a festa que está sendo ansiosamente preparada em Diadema para o maior jogo da história do Inamar.

FIM DO CABECEIO
A CBF ainda não sabe como fazer exatamente para não criar alarde, mas estuda enviar recomendação aos clubes e escolinhas para que os jogadores até 12 anos não treinem cabeceio na bola, assim como já acontece nos Estados Unidos e Escócia. Segundo o médico e neurocirurgião da entidade, Jorge Pagura, nesta fase o sistema nervoso ainda está em formação e, apesar de ainda não ter estudos científicos que comprovem que possa haver problemas no futuro, o ideal é evitar.

A entidade sugere que até os 13 anos o futebol deva ser encarado como atividade lúdica, sem priorizar a parte técnica, ou seja, os garotos devem ser menos exigidos. Fica a dica.

PALPITÃO DO FATTORI
Semana com jogos bem equilibrados e de difícil prognóstico, mas sem essa de ficar em cima do muro. Vamos aos chutes. Paulistão – Série A-1: Palmeiras 4 x 0 Guarani; Água Santa 0 x 2 Corinthians; Ituano 1 x 1 Santos; Oeste 0 x 3 São Paulo; e Santo André 1 x 1 Red Bull Bragantino. Série A-2: São Bernardo FC 1 x 1 Portuguesa Santista; e São Bento 0 x 0 São Caetano. Série A-3: Primavera 0 x 2 EC São Bernardo. 




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