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Quinta-Feira, 18 de Abril de 2024

Integração ainda que tardia
Por Do Diário do Grande ABC
15/08/2018 | 12:37
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Artigo

Na década de 1990, quando tiveram início as privatizações de vários tipos de serviços públicos, a diretriz adotada por aqueles que defendiam o processo, pelo menos na área de infraestrutura, apontava para modelo exatamente oposto àquele que deveria ser seguido. Foi o que ocorreu no setor de logística, que exigia a integração das rodovias, ferrovias, hidrovias e portos, mas que não houve, seguindo cada modal o seu caminho. Hoje, o que existe é sistema intermodal, que se pode considerar artificial, pois o que se vê são concessionárias se comportarem como se fossem donas de monopólio. É o caso das ferrovias, modal que seria decisivo para aliviar a demanda rodoviária, mas que presta serviços de má qualidade, provavelmente por falta de concorrência. É também o caso dos portos, onde só a ampliação da competitividade nas concessões poderá modificar o cenário atual.

Com décadas de atraso, se comparado com outros países de dimensões continentais, o Brasil parece despertar para a necessidade do aproveitamento de seu potencial ferroviário e hidroviário. Basta ver que apenas nos dois últimos anos a Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo) conseguiu fazer algum sincronismo entre os modais rodoviário e ferroviário, diminuindo conflitos no Porto de Santos que produziam filas gigantescas de caminhões que avançavam pela Via Anchieta, até o alto da Serra do Mar. E só agora a estatal vem trabalhando para incluir o modal hidroviário no sistema. Se tudo der certo, haverá menos tempo de espera para os navios cargueiros e maior eficiência nos serviços portuários.

Sem dúvida, maior integração entre os modais não só aliviará o tráfego nas estradas como contribuirá para reduzir os números de acidentes, prolongar a vida útil das rodovias e, principalmente, baixar as ocorrências relacionadas ao roubo de cargas, que, nos últimos anos, têm crescido de modo assustador. Segundo dados da Secretaria da Segurança Pública, o Estado de São Paulo registrou em 2017 a maior quantidade de roubos de cargas em um só ano desde 2001, quando teve início a série histórica, ou seja, 10.584 crimes contra 9.943 em 2016, aumento de 6,6%. Não se pode esquecer que o aumento do roubo de cargas, no fim das contas, provoca impactos no custo do frete. Em rotas de até 100 quilômetros, o custo com seguro é em torno de 4% do valor de carga, enquanto em rotas acima de 1.000 quilômetros é de 2%. Mas esse custo pode dobrar se as cargas passarem por trechos perigosos, como é o caso das rodovias que levam ao Porto de Santos. Mais: quando a carga é por demais valiosa e há necessidade de se contratar escolta armada, o custo com segurança pode chegar a 1/3 do custo de transporte.

Milton Lourenço é presidente da Fiorde Logística Internacional, de São Paulo.

Palavra do leitor

Anchieta
Já faz alguns dias que quem está na Via Anchieta e precisa ir em direção à Avenida Robert Kennedy deve pegar o viaduto sobre a via. Depois, o trânsito é desviado para a direita, entrando no Parque dos Pássaros. Em seguida, o desvio é para a esquerda e termina em uma avenida de mão dupla, onde só da para seguir à direita. Diariamente encontro carros perdidos. Este desvio realmente é o cúmulo. Parece impossível, mas a Sabesp encontrou mais um lugar na Rua Terezina C. Fantinati para fazer dois buracos. Taparam com terra e pedras. Um dia depois, voltaram e abriram outro. Esta rua deve ser campeã mundial de ter buracos mal tapados. A cada cinco metros tem um. Além disso, todos os moradores assinaram abaixo-assinado pedindo mão única. Faz mais de dez anos e nada. Nesta rua tem mecânica, autoelétrico, restaurante, bares, comércio e colégio. Só não tem calçada. Os carros ficam estacionados dos dois lados e sobra espaço apenas para passar um veículo por vez.
Serge R. Vandevelde
São Bernardo

Candidatos
Lendo a reportagem veiculada no dia 13 (Política), causou muita indignação os nomes apresentados. Da lista publicada, vários nomes causam grande repulsa. Vários postulantes já ocupam cargo eletivo. Ora, isso não é uma traição aos seus eleitores? Muitos deles foram eleitos para vereador (sendo até um candidato a governador, que abriu mão de ser prefeito). Por que não cumprem o seu mandato para depois se candidatarem? Não sei o que a lei determina, mas caso não seja eleito, sugiro que abram mão de seu mandato. Ou será que o eleitor não merece esse respeito?
Eduardo Soave
Santo André

Celular
Não existe nada mais irritante do que ficar ouvindo as pessoas esbravejarem suas mazelas diárias em celulares enquanto viajam nos metrôs, ônibus, trens e por aí afora. O bom senso passa bem longe dessa gente. Só para dizer o mínimo!
Maria Elisa Amaral
Capital

Conta de luz
Para tapar rombos do governo e de empresas amigas do Planalto, sempre aparece uma desculpa esfarrapada para alta da energia elétrica, que, somente neste ano, foi reajustada em 13,79% contra inflação de 2,94%. E, de 2015 a 2018, alta de 30% maior do que a inflação do período. Esse reajuste cavalar, nem pela falta de chuva ou de subsídios para famílias de baixa renda poderia ser justificado. Ocorre, na realidade, que jabuticabas são embutidas em forma de subsídios para tapar rombos de empresas prestadoras de serviço público sem relação alguma com o setor elétrico. Ou seja, esses custos de energia, infelizmente, não revelam a realidade do setor, e servem mais para corroer custos do segmento produtivo e das famílias. Aliás, depois que a trapaceira ex-presidente Dilma Rousseff (PT) reduziu em 2012, numa absurda canetada, o preço da energia elétrica, nunca mais esse setor se organizou. E por conta daquela farsa e demagogia, qualquer desculpa tem sido fator para reajustar o já altíssimo e insustentável preço da energia elétrica no País.
Paulo Panossian
São Carlos (SP)

Ambulantes
A falta do emprego formal está fazendo com que cresça desenfreadamente o comércio ambulante, inclusive nos metrôs e trens de São Paulo e, com certeza, em todo o País. E tem causado gravíssimos confrontos entre camelôs e seguranças, com episódios violentos, incluindo funcionários agredidos e ameaçados. Ocorre que a administração pública parece não estar muito interessada em resolver esse problema. Sendo que para tanto bastaria instalar câmeras de segurança nos vagões e em pontos estratégicos das estações. Simples assim. Alô autoridades, acordem, Vocês estão sendo filmadas!
Luís Fernando Amaral
Laguna (SC) 




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