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Sexta-Feira, 19 de Abril de 2024

Bartolomeu empreendedor
Rodolfo de Souza
22/03/2018 | 07:00
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 Havia um sentimento de euforia no ar. A expectativa seguia no encalço do elemento que haveria de causar surpresa e deitar no espírito muito jovem a sensação de que valeu a pena. Era possível ver em cada olhar o brilho que começou já no passeio de ônibus até o local onde se daria o evento.

São alunos do Bartolomeu, esses meninos, cuja maturidade ainda verde necessita estar sempre em contato com a cultura para que dela possa se apropriar e, com isso, incrementar a inteligência. A propósito, o Bartolomeu é uma escola grande de São Caetano, como tantas outras espalhadas por este imenso São Paulo. Apesar de que, talvez fosse melhor chamá-la aqui de grande escola, uma vez que não é difícil perceber, assim que se chega, o quanto se empenha para conduzir o estudante à descoberta de um mundo novo, cheio de possibilidades, um tanto diferente do que lhe vai no entendimento. Por isso, inventou o Bartolomeu de levar a turma à biblioteca. Nada demais - dirão sem demora os críticos ferrenhos. Nada demais, não fosse o contato que teve ali, a garotada, com um termo novo para ela. Uma palavra que, a princípio, soa a algo ligado somente ao intrincado universo dos negócios. Falou, pois, a palestrante, porque havia uma, sobre empreendedorismo, palavrão que, de cara, passou despercebido pelos ouvidos desinteressados de quem, devagar, começa a se despedir da infância.

Empreendedorismo é, por assim dizer, palavra da moda que está ligada à abertura de empresa, ou reabertura com algumas inovações na estrutura ou no tipo de negócio, também na elaboração de novos projetos, e coisa e tal. Nunca passou disso até que, devagar, percebeu-se que a sua essência ia mais além e partia para o campo da realização de algo que vinha a contribuir para a construção de uma sociedade melhor. De fato, empreendedorismo acabou ganhando uma nova cara quando se notou o tamanho do território que poderia abranger o seu significado.

E foi justamente o que buscou a escola ao levar a meninada ao primeiro encontro com essa novidade que a princípio não lhes despertou grande interesse, mas que depois, ao entender melhor a sua importância, se empolgou e passou a sugerir meios para empreender em vários setores importantes, segundo a sua percepção.

Admito que o assunto é novo também para mim, a despeito de ter sempre discutido a questão aqui mesmo neste espaço sem, no entanto, mencionar o seu nome. Até porque, vivemos num planeta surrado, exaurido de suas forças pelo mau uso de seus recursos que se esgotam a olhos vistos. É certo que as autoridades, a quem compete meter a mão na massa e colocar em prática meios de se evitar o pior, estão sonolentas e há muito perderam a disposição para tomar uma atitude. Fica, então, para cada ser humano deste mundo fazer a sua parte para empreender, considerando logicamente que o conceito ora discutido também diz respeito à reciclagem de lixo, ao uso moderado da água e da energia elétrica, à disposição para deixar de lado o consumismo desenfreado, aos cuidados com a natureza...

E tudo isso, amigo leitor, cochichado em cada ouvido jovem, surtiu efeito e revelou olhos interessados e inclinados a aprender mais sobre o assunto.

Ganharam muito, pois, alunos e alunas do sexto ano da Escola Bartolomeu quando descobriram um empreendedorismo que há de permear o seu crescimento e, quem sabe, garantir que tenham um futuro bem melhor do que a realidade que se vive hoje.




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