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Geração de energia
Lara antecipa início das obras de usina de incineração para julho

Projeto, que pretende queimar o lixo recolhido em oito cidades, foi apresentado ontem no Consórcio Intermunicipal do Grande ABC

Por Daniel Tossato
Do Diário do Grande ABC
14/01/2020 | 23:50
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Divulgação/Consórcio ABC


 A empresa Lara Central de Tratamento e Resíduos Ltda anunciou ontem que antecipou em cinco meses o início das obras da URE (Unidade de Recuperação Energética), em Mauá. Presidente da empresa, Daniel Sindicic apresentou o novo cronograma em reunião do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, na manhã de ontem. Dessa forma, a construção do equipamento, responsável pela queima de lixo recolhido em oito cidades (Diadema, Ferraz de Vasconcelos, Itanhaém, Juquiá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, São Bernardo e São Caetano) começará em julho e não mais em dezembro.

Segundo Sindicic, o empreendimento receberá aporte de R$ 900 milhões da própria Lara. A expectativa é a de que a usina seja uma das dez maiores em todo o mundo. “(A obra deverá se iniciar entre junho e julho) E isso só será possível com a ajuda deste Consórcio (Intermunicipal do Grande ABC). Não haverá nenhum aporte público. É uma iniciativa privada. Não estamos falando nem em PPP (Parceria Público-Privada). O projeto é estratégico, já que a maior parte dos aterros de São Paulo está se esgotando”, avaliou.

O projeto está em parte final de aprovação e deverá ser encaminhado ao Consema (Conselho Estadual do Meio Ambiente) nos próximos dias. “Com a ajuda do Consórcio junto ao Consema, vamos mostrar a necessidade e a estratégia de a gente mudar a forma de gestão dos nossos resíduos”, declarou o diretor da Lara.

A construção da URE deverá contar com 600 trabalhadores durante os três anos de obras. Após o término da edificação, a usina deverá empregar cerca de 100 profissionais. O empreendimento ocupará área de 900 mil metros quadrados dentro da propriedade da Lara na cidade, onde também funciona o aterro sanitário em que atualmente é enterrado todo o material, no bairro Sertãozinho.

A previsão é a de que a energia gerada com a queima do lixo seja destinada metade para o próprio empreendimento e a outra parcela distribuída na rede elétrica da cidade. A URE deverá produzir 80 megawatts de energia (por meio de biogás) por hora, o suficiente para abastecer cerca de 250 mil residências. “A utilização do biogás é uma inovação. Também teremos um sistema de secagem de lixo de maneira natural, sem que haja consumo de energia”, pontuou Sindicic.




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